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Joaquim e Ana, os Justos

Revisão em 03h09min de 31 de maio de 2020 por EGobi (Discussão | contribs)
Santa Ana e São Joaquim com a Virgem Maria.

A Justa Santa Ana, a Mãe de Maria (séc. I a.C.), foi, junto com São Joaquim, avó de Jesus Cristo. A Igreja a comemora nos dias 9 de setembro com São Joaquim e 25 de julho pela sua Dormição.

Vida

Santa Ana era filha de uma mulher chamada Maria e de seu esposo Matã, um sacerdote da tribo de Levi e da linhagem do santo Profeta Arão. Partiu para o Senhor pacificamente aos 79 anos em Jerusalém, antes da Anunciação.

Pós-vida

No Império Romano, durante o reinado de São Justiniano I (527–565), uma igreja foi construída em honra à santa em Constantinopla. No século seguinte, Justiniano II (685–695, 705–711) restaurou a igreja e transferiu o corpo e o mafório de Santa Ana para lá após ela ter aparecido numa visão à sua grávida esposa.

Várias de suas relíquias estão espalhadas pelo mundo. No Monte Athos, parte de sua mão esquerda está no Mosteiro de Estauronicetas, parte de seu pé esquerdo incorrupto na Esquete de Santana e parte de seu pé direito incorrupto no Mosteiro de Cutlumusiu. Algumas outras relíquias podem ser encontradas no Mosteiro de Santana, na Grécia Continental, e no Mosteiro de São João, em Surote, Tessalônica. Outras relíquias foram tomadas durante as Cruzadas, como o punho da santa, que hoje encontra-se na Basílica de São Paulo, em Roma.

Hinos

Louvor

(Por São Nicolau, Bispo de Ócrida, em tradução livre)

Alegra-te, ó estéril Joaquim, /
alegra-te, ó envelhecida Ana, /
pois eis que tu conceberás e dará à luz /
uma criança magnífica, uma criança que trará Jesus.
Como uma vez fez a idosa Sara, /
e a mãe de Samuel, /
e a mãe de Sansão, /
e a mãe de João.
Mas tu serás ainda mais gloriosa, /
pois tu trarás de teu íntimo /
a maravilhosa Virgem, a única, /
a fantástica Mãe do Rei Altíssimo.
Alegra-te, ó Joaquim, /
pai da Mãe incomparável, /
de quem o Criador deseja /
para que Seu mistério seja inexplicável.
Toda a Lei logo perde seu poder /
quando de Deus vier o querer. /
Quem a Deus poderá contradizer? /
Pode com Deus alguma disputa haver?
Não por disputa, mas por amor, /
assim Deus muda Suas leis. /
Inexistente é a Velha Lei /
perante o amor do verdadeiro Rei.
Quando o homem passa fome de alimento, /
o Senhor torna o campo fértil. /
Quando o mundo passa fome de espírito, /
Ele torna fértil o estéril.
Querendo que o homem chegue à salvação, /
para o melhor tudo torna o Senhor. /
E, por isso, três vezes “Santo” /
a Igreja clama a Ele em louvor.

Referências

  • São Nicodemos, o Hagiorita (1819). Sinaxário dos doze meses do ano. Tomos I e II.
  • São Demétrio, Arcebispo de Rostóvia (1906). A vida dos santos. Livro I e XI.
  • São Nicolau, Bispo de Ócrida (2002). O prólogo de Ócrida. Volume II.

Ligações externas