Diferenças entre edições de "Gregório, o Palamas"

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[[Imagem:Gregory Palamas.jpg|direita|miniatura|São Gregório Palamas]]
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'''São Gregório Palamas''' (1296-1359), [[Arcebispo]] de [[Tessalônica]], foi um [[monge]] do [[Monte Athos]] na Grécia, e mais tarde tornou-se Arcebispo de Tessalônica. Ele foi um preeminente teólogo e defensor da teologia [[hesicasmo|hesicástica]]. Sua memória é celebrada em [[14 de novembro]] e o segundo domingo da [[Grande Quaresma]] é o [[Domingo de São Gregório Palamas]].
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'''São Gregório Palamas''' (''em grego'': Γρηγόριος Παλαμάς) (1296-1359), foi monge do [[Monte Athos]], posteriormente Arcebispo de Tessalônica, e um dos maiores teólogos do Cristianismo Ortodoxo, notável pela sua contribuição em defesa da Fé Verdadeira ao apresentar sua defesa do [[Hesicasmo|hesicasmo]] durante a controvérsia hesicasta. Sua contribuição abrange a estruturação do elemento místico e do mistério na Ortodoxia, fundamentada nas Escrituras e na Tradição. Sua festa é comemorada em [[14 de novembro]] e também no segundo domingo da '''[[Grande Quaresma]]''', conhecido como '''Domingo de São Gregório Palamas''', por considerar sua vitória como uma continuação do [[Domingo da Ortodoxia|Triunfo da Ortodoxia]].
  
 
== Vida ==
 
== Vida ==
Gregório nasceu em 1296, na Ásia Menor, e sua família, fugindo dos turcos, passou a viver na corte dos Paleólogos. Com a morte de seu pai, foi criado com atenção pelo Imperador Andronikos II, e em 1316 assumiu a tonsura monástica no Monte Athos, tornando-se discípulo de [[São Nicodemos]] do mosteiro de Vatopedi. Foi discípulo também do ancião Nicephoros por oito anos, e do monge Athanasius, do mosteiro Lauras. Em 1326 foi feito sacerdote em Tessalônica, e combinou uma vida de ermitão durante a semana com seus deveres sacerdotais e pastorais. Com a chegada de Barlaão e suas investidas contra o hesicasmo, São Gregório escreveu “[[As Tríadas]]”, estabelecendo o discurso teológico apropriado à oração do coração e à praxis monástica que era marca da Ortodoxia desde os [[Padres do Deserto]]. Sua teologia foi aprovada por um [[Quinto Concílio de Constantinopla|Concílio Ecumênico]], que considerou o escolasticismo de Barlaão como herético. São Gregório Palamas foi também Arcebispo de Tessalônica e enfrentou diversas perseguições na corte de Constantinopla, sendo, inclusive, capturado por turcos. Adentrou o Reino dos Céus em 1359.
 
  
[[Imagem:St Gregory Palamas Cathedral.jpg|direita|miniatura|Catedral de São Gregório Palamas, Tessalônica, Grécia, onde as [[relíquias]] do santo estão [[santuário|consagradas]]]]
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===Família, infância e vocação===
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São Gregório nasceu em Constantinopla no ano de 1296, vindo de uma família nobre e piedosa. Seu pai, Constantino, era próximo do Imperador Andrônico II, o Paleólogo, integrando o senado imperial. Durante toda sua vida, buscou se cercar daqueles que viviam em santidade - entre monges e ascetas -, mantendo contato com eles e com suas famílias. Era um homem extremamente piedoso, e praticava a oração constante - a oração noética. Sua mãe era igualmente piedosa, orientando seus filhos na Fé Verdadeira.
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Quando São Gregório tinha apenas sete anos, seu pai repousou no Senhor. Antes de sua morte, sua mãe pediu ao marido que conversasse com o imperador, para que colocasse seu filho sob a proteção dele. Ao que Constantino respondeu: "''pedirei à Rainha dos Céus que o coloque sob sua proteção''". De fato, a Virgem Santíssima protegeu São Gregório durante toda a sua vida. Toda a família se confessava com o mesmo pai espiritual, e a Gregório foi dada a regra de, antes de iniciar seus estudos, fazer três prostrações diante do ícone da Mãe de Deus e orar por sua intercessão. Quando o fazia, conseguia reter perfeitamente o conteúdo dos estudos. Porém, quando esquecia, era incapaz de lembrar o que havia estudado.
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São Gregório era exemplar nos estudos. Uma vez, foi desafiado a responder uma pergunta sobre a filosofia de Aristóteles diante do imperador que, ao ouvi-lo, exclamou maravilhado: Aristóteles em pessoa o elogiaria imensamente se o ouvisse. Essa ocasião convenceu Andrônico de que Gregório era o perfeito sucessor de seu pai, a quem o imperador estimava grandemente, e garantiu a Gregório um lugar importante no palácio. Esperava que algum dia aquele jovem talentoso pudesse servir ao império. Assim, frequentou a universidade, e estudou gramática, retórica, filosofia, lógica e física - sendo em todas as disciplinas excelente.
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Ainda assim, São Gregório ansiava pela vida espiritual. Com cerca de vinte anos, deixou o conforto do palácio a fim de iniciar sua vida monástica. São Gregório convenceu também sua mãe Kalloni e seus irmãos (Teodósio, Macários, Epicharis e Teodoti) a abraçarem o monasciticismo. Toda a sua família foi glorificada como santa no ano de 2009, sendo sua festa comemorada em [[18 de dezembro]] ou no domingo seguinte ao dia [[14 de novembro]].
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[[Imagem:Familypalamas.jpg|miniatura|thumb|right|Santa Família de São Gregório Palamas: seu pai Constantino e sua mãe Kalloni, seus irmãos Macários, Teodósio, Epicharis e Teodoti]]
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===Monte Athos e vida monástica ===
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Entre os anos de 1316 e 1318, São Gregório foi para o Monte Athos. Primeiramente em Vatopedi, foi discípulo de [[Nicodemos de Vatopedi|São Nicodemos de Vatopedi]] ([[11 de julho]]), um asceta notável, que fora descrito por [[Filoteu de Constantinopla|São Filoteu]] como um homem admirável tanto em ''práxis'' e ''theoria''. Em pouco tempo, São Gregório foi tonsurado monge e iniciou sua longa caminhada no asceticismo. Constantemente, orava pedindo "Senhor Jesus Cristo, ilumine minha escuridão. Santíssima Mãe de Deus, ilumine minha escuridão". Suplicava para que atingisse a iluminação do ''nous'', e de fato a obteve. Nesse período, o Evangelista São João, o Teólogo, apareceu para Gregório prometendo a ele proteção espiritual.
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Após o repouso do Ancião Nicodemos,
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enfrentou oito anos de intensa luta espiritual sob orientação do Ancião Nicéforos e, quando do repouso deste, foi transferido para o Mosteiro da Grande Lavra de Santo Athanásios ([[5 de julho]]). Serviu no refeitório do mosteiro, e posteriormente foi feito cantor na igreja. Após três anos, foi para uma skete pequena em Glossia, ansiando por atingir um nível ainda mais profundo de sua vida espiritual. O hegúmeno daquele mosteiro, então, ensinou-o os métodos da oração incessante, que era cultivado pelos monges há séculos - desde os santos do deserto, como São Makários do Egito ([[19 de janeiro]]).
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====O vaso de leite e vinho====
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Após três anos pacíficos na quietude de sua cela no Mosteiro da Grande Lavra, São Gregório recebeu uma revelação divina indicando que deveria voltar a conviver entre os homens no mundo, para o benefício e salvação dos que nele vivem. Essa necessidade foi revelada por Deus a São Gregório por meio de uma visão extraordinária: enquanto dormia um sono muito leve, São Gregório viu a si mesmo segurando um vaso que transbordava leite. Gradualmente, o leite se transformava em vinho e o líquido derramava sobre o santo, escorrendo por entre seus dedos. Eis que um jovem radiante surgiu, e disse a ele: "Por que você não oferece aos outros essa bebida maravilhosa que está desperdiçando? Acaso não sabe que esse é um presente da Graça de Deus?" Ao que São Gregório respondeu "Mas não há ninguém em nosso tempo que sinta necessidade dessa bebida! A quem, então, devo oferecê-la?". Diante disso, respondeu o jovem "Que existam alguns ou nenhum com sede, é seu dever quitar a sua dívida. Não negligencie um presente de Deus". São Gregório entendeu que o leite simbolizava o senso comum, o conhecimento das massas acerca do que é a conduta e a vida moral, e o vinho seria o ensinamento dogmático. A partir disso, compreendeu que deveria lidar com as pessoas e orientá-las no caminho da Fé.
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=== Controvérsias teológicas ===
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Na primeira metade do [[:Categoria:Santos do século XIV|século XIV]], o movimento hesicasta se espalhou e inflamou também aqueles que desaprovavam as práticas hesicásticas. Não apenas isso, havia também disputas teológicas que motivaram controvérsias. O líder da oposição ao hesicasmo foi o monge Barlaam (''Varlaam, ou Barlaão'') da Calábria, que orgulhosamente zombava dos monges que praticavam a Oração do Coração e os acusava de heresia. Barlaam valorizava a educação intelectual acima da oração contemplativa, seu culto ao intelectualismo era tamanho que dizia serem os filósofos mais importantes que os profetas. Além disso, ensinava que a energia Divina era criada e a Sua essência incomunicável, sendo o homem incapaz de se comunicar com aquilo que vem de Deus.
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Contra essas e outras heresias do monge, São Gregório escreveu “As Tríades”, estabelecendo o discurso teológico apropriado à oração do coração e à praxis monástica que era marca da Ortodoxia desde os Padres do Deserto. Sua teologia foi aprovada pelo Concílio Ecumênico, que considerou o escolasticismo de Barlaam como herético.
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====Defesa da distinção energia-essência====
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De um modo bastante resumido, São Gregório Palamas defende uma distinção entre ''essência'' (οὐσία, ''ousia'') e ''energia'' (ἐνἐργεια, ''energeia''). Por um lado, temos a "ousia", termo que pode ser traduzido por substância ou por essência. A essência de Deus é inefável, incomunicável, transcendente e incognoscível. Por outro lado, a Deus podem ser atribuídos poderes, atividades, nomes e uma extensa lista de itens. A defesa de São Gregório Palamas é que os atributos divinos são cognoscíveis a nós. Em outras palavras, as "energeiai", termo que se refere às atividades ou operações, são sim passíveis de serem conhecidas pelos seres humanos. As energeiai divinas são também incriadas e eternas, mas não devem ser confundidas com a essência de Deus, porque a essência é incomunicável e indescritível, e as energeiai de Deus são comunicáveis e podem ser transmitidas às criaturas. Desse modo, os seres humanas podem conhecer aquilo que vem de Deus, podem ter alguma participação naquilo que é Divino.
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Em 1337, em resposta às heresias de Barlaam, São Gregório recorreu à categoria das "coisas em torno de Deus" ou "coisas que dizem respeito a Deus" (τά περί Θεόν) para mostrar que existe uma categoria de realidades divinas que são passíveis de serem conhecidas pelos homens, ainda que Deus em si mesmo e em sua Divina Essência seja incomunicável. Essa mesma distinção foi utilizada em resposta ao tratado que Barlaam escrevera por volta de 1340. Desta vez, São Gregório aplicou à distinção energia-essência para explicar a energia incriada de Deus. Um exemplo dela é a luz incriada vista pelos Santos Apóstolos no Monte Thabor, e também exemplificou a partir da Graça Divina experimentada pelos santos a partir da energia que vem do Espírito Santo. Para Barlaam, distinguir entre a essência divina e uma graça incriada era como servir a dois deuses. Por essa afirmação, Barlaam foi condenado por um concílio em Constantinopla.
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====Conflito com Akindinós====
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Além dele, havia Gregório Akindinós, que fora antes amigo de São Gregório Palamas, mas que cedeu às heresias de Barlaam. Sua oposição mais ferrenha se dirigia à ideia de que era possível existir algo para além da Divina Essência de Deus nas Três Pessoas da Santíssima Trindade. Qualquer energia que não fosse simplesmente essa essência, para Akindinós, só poderia ser criada. Entre 1341 e 1347, Akindinós escreveu extensos tratados contra São Gregório, e conseguiu através disso aliados, incluindo João Kalekas, o então Patriarca de Constantinopla - que, inicialmente, havia participado na condenação de Barlaam -, e Ignatios, Patriarca de Antioquia. Enquanto esses opositores permaneceram no poder, São Gregório e aqueles que o apoiavam foram duramente perseguidos e chegaram a ser presos - entre eles, estava o futuro patriarca Isidoro Boucheiras. Foi durante esse período que São Gregório elaborou um de seus mais importantes tratados acerca da distinção energia-essência.
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=== Metropolita de Tessalônica ===
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[[Imagem:St Gregory Palamas Cathedral.jpg|right|thumb|300px|Catedral de São Gregório Palamas, Thessaloniki, Grécia, onde se encontram suas santas relíquias]]
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A partir de 1347, houve uma mudança no cenário político que possibilitou a ascensão daqueles que apoiavam São Gregório Palamas. Houve naquele tempo um outro concílio, e neste Akindinós foi condenado, juntamente com Kalekas. Isidoro foi feito Patriarca de Constantinopla e, a partir disso, muitos bispos palamitas foram elevados às sedes episcopais - incluindo o próprio São Gregório, que foi feito Metropolita de Tessalônica. Apesar dos opositores não cessarem suas investidas, essas agora não mais atingiam os defensores comprometidos com a Fé Verdadeira.
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== Repouso e glorificação ==
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Repousou no Senhor aos 63 anos, tendo previsto que adormeceria naquele dia. Em 1368, [[Filoteu de Constantinopla|São Filoteu Kokkinos]] ([[11 de outubro]]), então Patriarca de Constantinopla, propôs a canonização de São Gregório Palamas. Além disso, [[Filoteu de Constantinopla|São Filoteu]] compôs ofícios a São Gregório e escreveu sua biografia - de modo a garantir que sua teologia fossem com ele oficializada na Santa Igreja de Cristo e sua vida conhecida até os dias de hoje.
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A festa de São Gregório Palamas é comemorada em [[14 de novembro]]. Além disso, considerando a vitória sobre as doutrinas heréticas de Barlaam como parte do triunfo da Ortodoxia sobre os iconoclastas, como uma continuação do [[Domingo da Ortodoxia]], São Gregório Palamas passou também a ser comemorado no segundo domingo da '''Grande Quaresma''', o '''Domingo de São Gregório Palamas'''.
  
 
== Hinos ==
 
== Hinos ==
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: Gregório, o Taumaturgo, orgulho de Tessalônica, pregador da Graça Divina! /
 
: Gregório, o Taumaturgo, orgulho de Tessalônica, pregador da Graça Divina! /
 
: Intercede junto a nosso Deus pela salvação das nossas almas.
 
: Intercede junto a nosso Deus pela salvação das nossas almas.
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== Obras ==
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[[Imagem:Saint Gregory Vatopedi.jpg|right|thumb|Ícone de São Gregório Palamas, do Mosteiro de Vatopedi, Monte Athos]]
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=== Lista de obras de São Gregório Palamas ===
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São Gregório Palamas escreveu inúmeras obras. Com base na cronologia e no tema de suas obras, elas foram agrupadas do seguinte modo pelo Professor Panagiotes K. Chrestou (Universidade de Thessaloniki):
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==== Obras sobre o Espírito Santo ====
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* ''Duas orações demonstrando que o Espírito Santo procede apenas do Pai'', ou ''Contra os Latinos''. (aprox. 1335)
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* ''Refutação dos tratados de Bekkos''. (1335, 2ed. 1340)
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==== Cartas aos líderes do movimento anti-hesicasta ====
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* ''Primeira carta a Akyndinos'' (1336)
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* ''Segunda carta a Akyndinos'' (1337)
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* ''Primeira carta a Barlaam'' (1337)
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* ''Segunda carta a Barlaam'' (1337)
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* ''Terceira carta a Barlaam'' (1341)
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==== Em defesa do hesicasmo ====
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* ''Primeira Tríade'' (1338)
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* ''Segunda Tríade'' (1339)
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* ''Terceira Tríade'' (1341)
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==== Obras confessionais ====
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* ''Tomo Hagiorita'' (1340)
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* ''Confissão de Fé Ortodoxa'' (1343-1344)
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* ''Refutação da Carta de Calecas'' (1345)
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* ''Refutação da Carta de Ignatius de Antioquia'' (1345)
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* ''Refutação da interpretação de Calecas a respeito do Tomo Sinódico'' (1346)
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* ''Sobre a obra de São Basílio'' (1356-1357)
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==== Cartas sobre a Controvérsia Hesicasta ====
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* ''Para Arsenius'' (1343-1344)
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* ''Para Ioannis Gabra'' (1343-1344)
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* ''Para Paulo Asane'' (1343-1344)
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* ''Para Athanásious Kyzikou'' (1343-1344)
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* ''Para Damião, o Filósofo'' (1343-1344)
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* ''Para o Monge Dionísios'' (1343-1344)
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* ''Para Daniel de Ainos'' (1343-1344)
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* ''Para Simeon, Nomophylaka'' (1343-1344)
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* ''Para Bessarion'' (1343-1344)
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* ''Para Filoteus'' (1344)
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* ''Aos Anciãos da Montanha Sagrada''  (1341)
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* ''Primeira carta a Macarius'' (1344)
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* ''Segunda carta a Macarius'' (1344)
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* ''Carta à Rainha Anna Paleologina''
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==== Tratados sobre a Controvérsia Hesicasta ====
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* ''Unidade e Distinção''
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* ''Energeias Divinas''
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* ''União Divina e Deificação'' (1342)
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* ''Diálogo entre um Ortodoxo e um barlaamita'' (1342)
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* ''A Dicotomia de Deus por Barlaam e Akyndinos''
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* ''Diálogo entre Theophanes e Theotimon'' (1343)
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* ''Exposição do ímpio Barlaam e Akyndinos'' (1343)
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* ''Texto esclarecendo as visões de Barlaam e Akyndinos'' (1347)
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* ''Respostas aos ditos de São Cirilo''
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==== Contra Akyndinos ====
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* ''Primeiro texto contra Akyndinos''
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* ''Segundo texto contra Akyndinos''
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* ''Terceiro texto contra Akyndinos''
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* ''Quarto texto contra Akyndinos''
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* ''Quinto texto contra Akyndinos''
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* ''Sexto texto contra Akyndinos''
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* ''Sétimo texto contra Akyndinos''
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==== Contra Gregoras ====
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* ''Diálogo com Nikephoros Gregoras'' (1355)
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* ''Texto contra Nikephoros Gregoras'' (1357)
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==== Obras sobre sua atividade pastoral ====
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* ''Carta à sua diocese da Ásia Menor'' (1357)
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* ''Carta à uma pessoa anônima''
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* ''Diálogo com os Chiones''
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* ''Uma Oração na presença do Imperador'' (1347)
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* ''Oração diante dos portões da cidad''e (1350)
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* ''Oração contra o ataque do inimigo'' (1350)
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* ''Oração em tempos de seca'' (1355)
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==== Tratados ascéticos e espirituais ====
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* ''Vida de Pedro, o Athonita'' (1334)
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* ''Carta a Paulo Asane sobre o Grande Schema'' (1348)
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* ''Texto sobre os Filósofos João e Theodoro''
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* ''Decálogo de acordo com a Lei de Cristo'' (1347)
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* ''Tratados Práticos, Éticos, Teológicos e Físicos'' (1348)
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==== Homilias ====
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Cerca de setenta de suas homilias foram registradas.
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===Traduções e publicações===
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====Para o inglês====
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====Para o italiano====
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== Notas ==
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== Ligações externas ==
 
== Ligações externas ==
* [http://sgpm.goarch.org/Monastery/index.php?p=32 Introduction to Saint Gregory Palamas] pelo St. Gregory Palamas Monastery (Hayesville, Ohio, EUA) (O site inclui [http://sgpm.goarch.org/Monastery/index.php?cat=11 páginas adicionais] sobre o santo e seus escritos.)
+
* [https://pemptousia.com/2022/03/the-outstanding-traditional-theologian-of-orthodoxy-saint-gregory-palamas/ São Gregório, o Palamas] (Pemptousia)
* [http://www.pelagia.org/htm/b16.en.saint_gregory_palamas_as_a_hagiorite.00.htm St. Gregory Palamas as a Hagiorite] pelo Metropolita Hierotheos (Vlachos) de Nafpaktos (excertos)
+
* [https://www.oca.org/index.php/saints/lives/2022/11/14/103303-saint-gregory-palamas-archbishop-of-thessalonica São Gregório, o Palamas] (Igreja Ortodoxa na América, OCA)
* [http://www.monachos.net/patristics/palamas_historical.shtml Gregory Palamas&mdash;An Historical Study] pelo Dr. M.C. Steenberg
+
* [https://pravoslavie.ru/69170.html São Gregório, o Palamas] (Pravoslavie)
* [http://www.monachos.net/library/Gregory_Palamas:_Knowledge,_Prayer,_and_Vision Gregory Palamas: Knowledge, Prayer, and Vision - Monachos.net]
+
* [https://www.johnsanidopoulos.com/2014/11/saint-gregory-palamas-resource-page.html  São Gregório, o Palamas] (John Sanidopoulos)
* [http://www.myriobiblos.gr/texts/english/florovski_palamas.html St. Gregory Palamas and the Tradition of the Fathers] pelo Pe Georges Florovsky
+
* [http://www.myriobiblos.gr/texts/english/florovski_palamas.html São Gregório, o Palamas] (Pe. Georges Florovsky)
* [http://www.myriobiblos.gr/texts/english/christou_palamas.html The Teaching of Gregory Palamas on Man] por Panayiotis Christou.
+
* [http://www.myriobiblos.gr/texts/english/christou_palamas.html São Gregório, o Palamas] (Panayiotis Christou)
* [http://ocafs.oca.org/FeastSaintsLife.asp?FSID=103303 St. Gregory Palamas the Archbishop of Thessalonica] ([[OCA]])
 
* [http://www.comeandseeicons.com/g/phn66.htm Icon and Story of St. Gregory Palamas]
 
 
 
== Fontes ==
 
* [[Wikipedia:Gregory Palamas]]
 
* ''The Oxford Dictionary of the Christian Church (3rd ed.)'', p. 713
 
* [http://oca.org/saints/lives/2013/11/14/103303-st-gregory-palamas-the-archbishop-of-thessalonica OCA - St Gregory Palamas the Archbishop of Thessalonica]
 
  
 
[[ar:غريغوريوس بالاماس]]
 
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[[ro:Grigorie Palama]]
 
[[ro:Grigorie Palama]]
  
[[Categoria:Padres da Igreja]]
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[[Categoria:Hesicasmo]]
 
[[Categoria:Padres Nicenos e Pós-Nicenos]]
 
[[Categoria:Monásticos]]
 
 
[[Categoria:Santos]]
 
[[Categoria:Santos]]
 
[[Categoria:Santos gregos]]
 
[[Categoria:Santos gregos]]
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[[Categoria:Bispos]]
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[[Categoria:Clérigos]]
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[[Categoria:Monásticos]]
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[[Categoria:Bispos de Tessalônica]]
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[[Categoria:Bispos do século XIV]]
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[[Categoria:Santos do século XIV]]
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[[Categoria:Santos de novembro]]
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[[Categoria:Hesicasmo]]

Edição atual desde as 03h07min de 22 de novembro de 2023

São Gregório Palamas
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Άγιος Γρηγόριος Παλαμάς

São Gregório Palamas (em grego: Γρηγόριος Παλαμάς) (1296-1359), foi monge do Monte Athos, posteriormente Arcebispo de Tessalônica, e um dos maiores teólogos do Cristianismo Ortodoxo, notável pela sua contribuição em defesa da Fé Verdadeira ao apresentar sua defesa do hesicasmo durante a controvérsia hesicasta. Sua contribuição abrange a estruturação do elemento místico e do mistério na Ortodoxia, fundamentada nas Escrituras e na Tradição. Sua festa é comemorada em 14 de novembro e também no segundo domingo da Grande Quaresma, conhecido como Domingo de São Gregório Palamas, por considerar sua vitória como uma continuação do Triunfo da Ortodoxia.

Vida

Família, infância e vocação

São Gregório nasceu em Constantinopla no ano de 1296, vindo de uma família nobre e piedosa. Seu pai, Constantino, era próximo do Imperador Andrônico II, o Paleólogo, integrando o senado imperial. Durante toda sua vida, buscou se cercar daqueles que viviam em santidade - entre monges e ascetas -, mantendo contato com eles e com suas famílias. Era um homem extremamente piedoso, e praticava a oração constante - a oração noética. Sua mãe era igualmente piedosa, orientando seus filhos na Fé Verdadeira.

Quando São Gregório tinha apenas sete anos, seu pai repousou no Senhor. Antes de sua morte, sua mãe pediu ao marido que conversasse com o imperador, para que colocasse seu filho sob a proteção dele. Ao que Constantino respondeu: "pedirei à Rainha dos Céus que o coloque sob sua proteção". De fato, a Virgem Santíssima protegeu São Gregório durante toda a sua vida. Toda a família se confessava com o mesmo pai espiritual, e a Gregório foi dada a regra de, antes de iniciar seus estudos, fazer três prostrações diante do ícone da Mãe de Deus e orar por sua intercessão. Quando o fazia, conseguia reter perfeitamente o conteúdo dos estudos. Porém, quando esquecia, era incapaz de lembrar o que havia estudado.

São Gregório era exemplar nos estudos. Uma vez, foi desafiado a responder uma pergunta sobre a filosofia de Aristóteles diante do imperador que, ao ouvi-lo, exclamou maravilhado: Aristóteles em pessoa o elogiaria imensamente se o ouvisse. Essa ocasião convenceu Andrônico de que Gregório era o perfeito sucessor de seu pai, a quem o imperador estimava grandemente, e garantiu a Gregório um lugar importante no palácio. Esperava que algum dia aquele jovem talentoso pudesse servir ao império. Assim, frequentou a universidade, e estudou gramática, retórica, filosofia, lógica e física - sendo em todas as disciplinas excelente.

Ainda assim, São Gregório ansiava pela vida espiritual. Com cerca de vinte anos, deixou o conforto do palácio a fim de iniciar sua vida monástica. São Gregório convenceu também sua mãe Kalloni e seus irmãos (Teodósio, Macários, Epicharis e Teodoti) a abraçarem o monasciticismo. Toda a sua família foi glorificada como santa no ano de 2009, sendo sua festa comemorada em 18 de dezembro ou no domingo seguinte ao dia 14 de novembro.

Santa Família de São Gregório Palamas: seu pai Constantino e sua mãe Kalloni, seus irmãos Macários, Teodósio, Epicharis e Teodoti

Monte Athos e vida monástica

Entre os anos de 1316 e 1318, São Gregório foi para o Monte Athos. Primeiramente em Vatopedi, foi discípulo de São Nicodemos de Vatopedi (11 de julho), um asceta notável, que fora descrito por São Filoteu como um homem admirável tanto em práxis e theoria. Em pouco tempo, São Gregório foi tonsurado monge e iniciou sua longa caminhada no asceticismo. Constantemente, orava pedindo "Senhor Jesus Cristo, ilumine minha escuridão. Santíssima Mãe de Deus, ilumine minha escuridão". Suplicava para que atingisse a iluminação do nous, e de fato a obteve. Nesse período, o Evangelista São João, o Teólogo, apareceu para Gregório prometendo a ele proteção espiritual.

Após o repouso do Ancião Nicodemos, enfrentou oito anos de intensa luta espiritual sob orientação do Ancião Nicéforos e, quando do repouso deste, foi transferido para o Mosteiro da Grande Lavra de Santo Athanásios (5 de julho). Serviu no refeitório do mosteiro, e posteriormente foi feito cantor na igreja. Após três anos, foi para uma skete pequena em Glossia, ansiando por atingir um nível ainda mais profundo de sua vida espiritual. O hegúmeno daquele mosteiro, então, ensinou-o os métodos da oração incessante, que era cultivado pelos monges há séculos - desde os santos do deserto, como São Makários do Egito (19 de janeiro).

O vaso de leite e vinho

Após três anos pacíficos na quietude de sua cela no Mosteiro da Grande Lavra, São Gregório recebeu uma revelação divina indicando que deveria voltar a conviver entre os homens no mundo, para o benefício e salvação dos que nele vivem. Essa necessidade foi revelada por Deus a São Gregório por meio de uma visão extraordinária: enquanto dormia um sono muito leve, São Gregório viu a si mesmo segurando um vaso que transbordava leite. Gradualmente, o leite se transformava em vinho e o líquido derramava sobre o santo, escorrendo por entre seus dedos. Eis que um jovem radiante surgiu, e disse a ele: "Por que você não oferece aos outros essa bebida maravilhosa que está desperdiçando? Acaso não sabe que esse é um presente da Graça de Deus?" Ao que São Gregório respondeu "Mas não há ninguém em nosso tempo que sinta necessidade dessa bebida! A quem, então, devo oferecê-la?". Diante disso, respondeu o jovem "Que existam alguns ou nenhum com sede, é seu dever quitar a sua dívida. Não negligencie um presente de Deus". São Gregório entendeu que o leite simbolizava o senso comum, o conhecimento das massas acerca do que é a conduta e a vida moral, e o vinho seria o ensinamento dogmático. A partir disso, compreendeu que deveria lidar com as pessoas e orientá-las no caminho da Fé.

Controvérsias teológicas

Na primeira metade do século XIV, o movimento hesicasta se espalhou e inflamou também aqueles que desaprovavam as práticas hesicásticas. Não apenas isso, havia também disputas teológicas que motivaram controvérsias. O líder da oposição ao hesicasmo foi o monge Barlaam (Varlaam, ou Barlaão) da Calábria, que orgulhosamente zombava dos monges que praticavam a Oração do Coração e os acusava de heresia. Barlaam valorizava a educação intelectual acima da oração contemplativa, seu culto ao intelectualismo era tamanho que dizia serem os filósofos mais importantes que os profetas. Além disso, ensinava que a energia Divina era criada e a Sua essência incomunicável, sendo o homem incapaz de se comunicar com aquilo que vem de Deus.

Contra essas e outras heresias do monge, São Gregório escreveu “As Tríades”, estabelecendo o discurso teológico apropriado à oração do coração e à praxis monástica que era marca da Ortodoxia desde os Padres do Deserto. Sua teologia foi aprovada pelo Concílio Ecumênico, que considerou o escolasticismo de Barlaam como herético.

Defesa da distinção energia-essência

De um modo bastante resumido, São Gregório Palamas defende uma distinção entre essência (οὐσία, ousia) e energia (ἐνἐργεια, energeia). Por um lado, temos a "ousia", termo que pode ser traduzido por substância ou por essência. A essência de Deus é inefável, incomunicável, transcendente e incognoscível. Por outro lado, a Deus podem ser atribuídos poderes, atividades, nomes e uma extensa lista de itens. A defesa de São Gregório Palamas é que os atributos divinos são cognoscíveis a nós. Em outras palavras, as "energeiai", termo que se refere às atividades ou operações, são sim passíveis de serem conhecidas pelos seres humanos. As energeiai divinas são também incriadas e eternas, mas não devem ser confundidas com a essência de Deus, porque a essência é incomunicável e indescritível, e as energeiai de Deus são comunicáveis e podem ser transmitidas às criaturas. Desse modo, os seres humanas podem conhecer aquilo que vem de Deus, podem ter alguma participação naquilo que é Divino.

Em 1337, em resposta às heresias de Barlaam, São Gregório recorreu à categoria das "coisas em torno de Deus" ou "coisas que dizem respeito a Deus" (τά περί Θεόν) para mostrar que existe uma categoria de realidades divinas que são passíveis de serem conhecidas pelos homens, ainda que Deus em si mesmo e em sua Divina Essência seja incomunicável. Essa mesma distinção foi utilizada em resposta ao tratado que Barlaam escrevera por volta de 1340. Desta vez, São Gregório aplicou à distinção energia-essência para explicar a energia incriada de Deus. Um exemplo dela é a luz incriada vista pelos Santos Apóstolos no Monte Thabor, e também exemplificou a partir da Graça Divina experimentada pelos santos a partir da energia que vem do Espírito Santo. Para Barlaam, distinguir entre a essência divina e uma graça incriada era como servir a dois deuses. Por essa afirmação, Barlaam foi condenado por um concílio em Constantinopla.

Conflito com Akindinós

Além dele, havia Gregório Akindinós, que fora antes amigo de São Gregório Palamas, mas que cedeu às heresias de Barlaam. Sua oposição mais ferrenha se dirigia à ideia de que era possível existir algo para além da Divina Essência de Deus nas Três Pessoas da Santíssima Trindade. Qualquer energia que não fosse simplesmente essa essência, para Akindinós, só poderia ser criada. Entre 1341 e 1347, Akindinós escreveu extensos tratados contra São Gregório, e conseguiu através disso aliados, incluindo João Kalekas, o então Patriarca de Constantinopla - que, inicialmente, havia participado na condenação de Barlaam -, e Ignatios, Patriarca de Antioquia. Enquanto esses opositores permaneceram no poder, São Gregório e aqueles que o apoiavam foram duramente perseguidos e chegaram a ser presos - entre eles, estava o futuro patriarca Isidoro Boucheiras. Foi durante esse período que São Gregório elaborou um de seus mais importantes tratados acerca da distinção energia-essência.

Metropolita de Tessalônica

Catedral de São Gregório Palamas, Thessaloniki, Grécia, onde se encontram suas santas relíquias

A partir de 1347, houve uma mudança no cenário político que possibilitou a ascensão daqueles que apoiavam São Gregório Palamas. Houve naquele tempo um outro concílio, e neste Akindinós foi condenado, juntamente com Kalekas. Isidoro foi feito Patriarca de Constantinopla e, a partir disso, muitos bispos palamitas foram elevados às sedes episcopais - incluindo o próprio São Gregório, que foi feito Metropolita de Tessalônica. Apesar dos opositores não cessarem suas investidas, essas agora não mais atingiam os defensores comprometidos com a Fé Verdadeira.

Repouso e glorificação

Repousou no Senhor aos 63 anos, tendo previsto que adormeceria naquele dia. Em 1368, São Filoteu Kokkinos (11 de outubro), então Patriarca de Constantinopla, propôs a canonização de São Gregório Palamas. Além disso, São Filoteu compôs ofícios a São Gregório e escreveu sua biografia - de modo a garantir que sua teologia fossem com ele oficializada na Santa Igreja de Cristo e sua vida conhecida até os dias de hoje. A festa de São Gregório Palamas é comemorada em 14 de novembro. Além disso, considerando a vitória sobre as doutrinas heréticas de Barlaam como parte do triunfo da Ortodoxia sobre os iconoclastas, como uma continuação do Domingo da Ortodoxia, São Gregório Palamas passou também a ser comemorado no segundo domingo da Grande Quaresma, o Domingo de São Gregório Palamas.

Hinos

Tropário

(Cantado pela Catedral Ortodoxa Antioquina de São Paulo; em tom 8)

Ó astro da Ortodoxia, suporte e mestre da Igreja; /
beleza dos ascetas, poderoso defensor dos teólogos! /
Gregório, o Taumaturgo, orgulho de Tessalônica, pregador da Graça Divina! /
Intercede junto a nosso Deus pela salvação das nossas almas.

Obras

Ícone de São Gregório Palamas, do Mosteiro de Vatopedi, Monte Athos

Lista de obras de São Gregório Palamas

São Gregório Palamas escreveu inúmeras obras. Com base na cronologia e no tema de suas obras, elas foram agrupadas do seguinte modo pelo Professor Panagiotes K. Chrestou (Universidade de Thessaloniki):

Obras sobre o Espírito Santo

  • Duas orações demonstrando que o Espírito Santo procede apenas do Pai, ou Contra os Latinos. (aprox. 1335)
  • Refutação dos tratados de Bekkos. (1335, 2ed. 1340)

Cartas aos líderes do movimento anti-hesicasta

  • Primeira carta a Akyndinos (1336)
  • Segunda carta a Akyndinos (1337)
  • Primeira carta a Barlaam (1337)
  • Segunda carta a Barlaam (1337)
  • Terceira carta a Barlaam (1341)

Em defesa do hesicasmo

  • Primeira Tríade (1338)
  • Segunda Tríade (1339)
  • Terceira Tríade (1341)

Obras confessionais

  • Tomo Hagiorita (1340)
  • Confissão de Fé Ortodoxa (1343-1344)
  • Refutação da Carta de Calecas (1345)
  • Refutação da Carta de Ignatius de Antioquia (1345)
  • Refutação da interpretação de Calecas a respeito do Tomo Sinódico (1346)
  • Sobre a obra de São Basílio (1356-1357)

Cartas sobre a Controvérsia Hesicasta

  • Para Arsenius (1343-1344)
  • Para Ioannis Gabra (1343-1344)
  • Para Paulo Asane (1343-1344)
  • Para Athanásious Kyzikou (1343-1344)
  • Para Damião, o Filósofo (1343-1344)
  • Para o Monge Dionísios (1343-1344)
  • Para Daniel de Ainos (1343-1344)
  • Para Simeon, Nomophylaka (1343-1344)
  • Para Bessarion (1343-1344)
  • Para Filoteus (1344)
  • Aos Anciãos da Montanha Sagrada (1341)
  • Primeira carta a Macarius (1344)
  • Segunda carta a Macarius (1344)
  • Carta à Rainha Anna Paleologina

Tratados sobre a Controvérsia Hesicasta

  • Unidade e Distinção
  • Energeias Divinas
  • União Divina e Deificação (1342)
  • Diálogo entre um Ortodoxo e um barlaamita (1342)
  • A Dicotomia de Deus por Barlaam e Akyndinos
  • Diálogo entre Theophanes e Theotimon (1343)
  • Exposição do ímpio Barlaam e Akyndinos (1343)
  • Texto esclarecendo as visões de Barlaam e Akyndinos (1347)
  • Respostas aos ditos de São Cirilo

Contra Akyndinos

  • Primeiro texto contra Akyndinos
  • Segundo texto contra Akyndinos
  • Terceiro texto contra Akyndinos
  • Quarto texto contra Akyndinos
  • Quinto texto contra Akyndinos
  • Sexto texto contra Akyndinos
  • Sétimo texto contra Akyndinos

Contra Gregoras

  • Diálogo com Nikephoros Gregoras (1355)
  • Texto contra Nikephoros Gregoras (1357)

Obras sobre sua atividade pastoral

  • Carta à sua diocese da Ásia Menor (1357)
  • Carta à uma pessoa anônima
  • Diálogo com os Chiones
  • Uma Oração na presença do Imperador (1347)
  • Oração diante dos portões da cidade (1350)
  • Oração contra o ataque do inimigo (1350)
  • Oração em tempos de seca (1355)

Tratados ascéticos e espirituais

  • Vida de Pedro, o Athonita (1334)
  • Carta a Paulo Asane sobre o Grande Schema (1348)
  • Texto sobre os Filósofos João e Theodoro
  • Decálogo de acordo com a Lei de Cristo (1347)
  • Tratados Práticos, Éticos, Teológicos e Físicos (1348)

Homilias

Cerca de setenta de suas homilias foram registradas.

Traduções e publicações

Para o inglês

Para o italiano

Notas


Ligações externas