Bóris e Glebe de Kiev

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Santos Boris e Gleb, os Portadores da Paixão, respectivamente.

Os Mais Ortodoxos Príncipes São Boris-Romano de Rostóvia e São Gleb-Davi de Murom, os Portadores da Paixão (m. 1015), foram dois príncipes irmãos martirizados na Rus' Quievana. Por não terem respondido o mal com o mal, os santos ficaram conhecidos como Portadores da Paixão. A Igreja os comemora nos dias 24 de julho e 2 de maio pela transladação de suas relíquias.

Vida

Boris, Gleb, Esvetopolco e Jaroslau eram filhos do Grão-Príncipe São Vladimir I de Quieve (978–1015). Quando Esvetopolco, o Maldito, então Príncipe de Turóvia (988–1019), conspira contra seu pai, este planeja matar seus irmãos Boris, Gleb e Jaroslau a fim de tomar o poder.

Boris, Príncipe de Rostóvia (1010–1015), o qual havia se batizado junto com seu santo pai sob o nome de Romano, recebeu uma mensagem de Esvetopolco na qual esse fingia desejar viver pacificamente com Boris e aumentar as terras herdadas de seu pai. Os conselheiros de São Vladimir o aconselham a convocar o exército e tomar Quieve, mas Boris nega, alegando que jamais levantaria a mão contra seu próprio irmão. Esvetopolco, entretanto, não portava tantos escrúpulos como seu irmão. O Maldito chega à Visgárdia e convence seus governantes a se aliarem a ele.

Boris, já sabendo que seu irmão planeja matá-lo, estava nas proximidades do rio Alta. Quando os mercenários encontraram-no, o santo príncipe estava cantando o Salmódio e orando perante um ícone de Jesus Cristo, pedindo forças. São Boris também orou por Esvetopolco, para que Deus não o culpasse pelo assassinato. Então, quando deitou-se em seu canapé, foi esfaqueado pelas lanças dos assassinos, que também mataram alguns de seus servos. Coberto por um pano, São Boris foi jogado numa carroça e levado até Esvetopolco. Quando Esvetopolco viu que ele ainda estava respirando, ordenou que seus homens matassem-no com a espada.

Após assassinar seu irmão, Esvetopolco enviou uma mensagem a Gleb, Príncipe de Murom (1013–1015), o qual também havia se batizado com seu pai, sob o nome de Davi. Nela, lia-se que seu santo pai estava enfermo e queria vê-lo. A caminho de Quieve, Gleb foi parado por outra mensagem, mas de Jaroslau, que também se revoltara contra seu pai. Essa dizia que seu pai havia morrido, e Esvetopolco tinha assassinado seu irmão. Enquanto São Gleb se lamentava, os mercenários cercaram seu barco, e seu próprio cozinheiro foi obrigado a esfaqueá-lo até a morte. O corpo do mártir foi jogado na ribanceira, entre duas árvores. Mais tarde, ambos os corpos de São Boris e São Gleb foram enterrados numa igreja dedicada a São Basílio.

Ligações externas