Diferenças entre edições de "Apóstolos Silas, Silvano, Crescêncio, Epêneto e Andrônico"

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Os '''Santos Apóstolos Silas, Silvano, Crescêncio, Epêneto e Andrônico''' (séc. I) fizeram parte dos hierarcas contados dentre os Setenta Apóstolos, discípulos de Cristo. A Igreja os comemora no dia [[30 de julho]], além de comemorar Santo Andrônico no dia [[17 de maio]], juntamente com '''Santa Júnia'''.
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Os '''Santos Apóstolos Silas, Silvano, Crescêncio, Epêneto e Andrônico''' (séc. I) fizeram parte dos hierarcas contados dentre os Setenta Apóstolos, discípulos de Cristo. A Igreja os comemora no dia [[30 de julho]], além de comemorar Santo Andrônico com Santa Júnia nos dias [[17 de maio]] e [[22 de fevereiro]] pela descoberta de suas relíquias no Portão de Eugênio.
  
 
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No ano 51, o Concílio de Jerusalém convocou os apóstolos e os anciãos para lidar com a questão da observância da Lei Mosaica pelos novos cristãos gentios. Ao final, São Paulo e São Barnabé voltaram para Antioquia com uma mensagem aos antioquinos acerca da decisão que o concílio tomara de não obrigar os gentios a observarem a antiga Lei. Os dois apóstolos foram acompanhados por São Judas, o Barsabás, e São Silas, “homens notáveis entre os irmãos”, para conseguirem atender a todo o povo. Após entusiasmarem os cristãos com as notícias do concílio, São Judas voltou para Jerusalém, enquanto São Silas decidiu permanecer em Antioquia.<ref>Atos 15</ref>
 
No ano 51, o Concílio de Jerusalém convocou os apóstolos e os anciãos para lidar com a questão da observância da Lei Mosaica pelos novos cristãos gentios. Ao final, São Paulo e São Barnabé voltaram para Antioquia com uma mensagem aos antioquinos acerca da decisão que o concílio tomara de não obrigar os gentios a observarem a antiga Lei. Os dois apóstolos foram acompanhados por São Judas, o Barsabás, e São Silas, “homens notáveis entre os irmãos”, para conseguirem atender a todo o povo. Após entusiasmarem os cristãos com as notícias do concílio, São Judas voltou para Jerusalém, enquanto São Silas decidiu permanecer em Antioquia.<ref>Atos 15</ref>
  
O Apóstolo Silas acompanhava São Paulo em suas viagens. Em Trôade na Ásia, Paulo sonhou com um macedônio que lhe rogava para que o apóstolo socorresse os cristãos de lá, e puseram-se a navegar até a cidade de Filipos na Macedônia, para a qual Paulo futuramente escreveu suas epístolas. Lá, chegaram a expulsar um espírito de uma escrava, o qual rendia muito dinheiro aos seus senhores, que logo os denunciaram às autoridades por amotinação dentre o povo.
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O Apóstolo Silas acompanhava São Paulo em suas viagens. Em Trôade na Ásia, Paulo sonhou com um macedônio que lhe rogava para que o apóstolo socorresse os cristãos de lá, e puseram-se a navegar até a cidade de Filipos na Macedônia, para a qual Paulo futuramente escreveu suas epístolas. Lá, chegaram a expulsar um espírito maligno de uma escrava, o qual rendia muito dinheiro aos seus senhores, que logo os denunciaram às autoridades por amotinação dentre o povo, e pagaram falsas testemunhas para condená-los.
  
Após serem espancados com barras e açoitados, os dois apóstolos foram enviados à prisão. À meia-noite, pelas orações de Paulo e Silas, um terremoto devastou a prisão, desatando as correntes de todos os presos. O carcereiro, quando viu todas as portas do cárcere abertas, preparou-se para suicidar-se, mas foi impedido por São Paulo. Caindo aos pés dos santos com temor, o homem aceitou ser instruído no Evangelho de [[Jesus Cristo]] e, após lavar-lhes os ferimentos, recebeu o Santo Batismo com toda sua família.<ref>Atos 16</ref>
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Após serem espancados com barras e açoitados, os dois apóstolos foram enviados à prisão. À meia-noite, pelas orações de Paulo e Silas, um terremoto devastou a prisão, desatando as correntes de todos os presos. O carcereiro, acordado pelo terremoto, quando viu todas as portas do cárcere abertas, preparou-se para suicidar-se (afinal, dormir em serviço era um crime capital no império), mas foi impedido por São Paulo. Caindo aos pés dos santos com temor, o homem implorou pela salvação e aceitou ser instruído no Evangelho de [[Jesus Cristo]]. Após lavar-lhes os ferimentos, o carcereiro recebeu o Santo Batismo com toda sua família.<ref>Atos 16</ref>
  
 
Tendo sido libertos do cárcere, ainda na Macedônia, seguiram para o ocidente pelas cidades de Anfípolis e Apolônia, até chegarem Tessalônica, onde São Paulo disputou com os judeus durante três dias, atraindo para a Fé uma grande multidão de gentios e alguns judeus. Lá, com a ajuda dos santos apóstolos [[Apóstolo Timóteo|Timóteo]] e Silvano, São Paulo escreveu as Epístolas aos Tessalonicenses e ordenou São Silvano como Bispo de Tessalônica. Silvano serviu também ao santo Apóstolo Pedro, que o mencionou em sua Primeira Epístola. Como bispo, São Silvano passou por sofrimentos e lamentações em Tessalônica, e posteriormente foi digno de receber de Cristo a coroa do martírio.
 
Tendo sido libertos do cárcere, ainda na Macedônia, seguiram para o ocidente pelas cidades de Anfípolis e Apolônia, até chegarem Tessalônica, onde São Paulo disputou com os judeus durante três dias, atraindo para a Fé uma grande multidão de gentios e alguns judeus. Lá, com a ajuda dos santos apóstolos [[Apóstolo Timóteo|Timóteo]] e Silvano, São Paulo escreveu as Epístolas aos Tessalonicenses e ordenou São Silvano como Bispo de Tessalônica. Silvano serviu também ao santo Apóstolo Pedro, que o mencionou em sua Primeira Epístola. Como bispo, São Silvano passou por sofrimentos e lamentações em Tessalônica, e posteriormente foi digno de receber de Cristo a coroa do martírio.
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Em seguida, São Paulo dirigiu-se à península do Peloponeso, onde uniu-se a uma família judia refugiada em Corinto e voltou a pregar na sinagoga, conseguindo trazer a Cristo até o chefe da sinagoga. Num sonho, o Senhor encorajou o santo apóstolo, e ele permaneceu em Corinto por quase dois anos, também suportando as tribulações. Quando Silas e Timóteo encontraram-se com Paulo, São Silas foi consagrado Bispo de Corinto, e São Paulo continuou seu evangelismo pelo oriente. Como Bispo de Corinto, São Silas realizou diversos milagres e viveu todo o resto de sua vida naquela cidade.<ref>Atos 18</ref>
 
Em seguida, São Paulo dirigiu-se à península do Peloponeso, onde uniu-se a uma família judia refugiada em Corinto e voltou a pregar na sinagoga, conseguindo trazer a Cristo até o chefe da sinagoga. Num sonho, o Senhor encorajou o santo apóstolo, e ele permaneceu em Corinto por quase dois anos, também suportando as tribulações. Quando Silas e Timóteo encontraram-se com Paulo, São Silas foi consagrado Bispo de Corinto, e São Paulo continuou seu evangelismo pelo oriente. Como Bispo de Corinto, São Silas realizou diversos milagres e viveu todo o resto de sua vida naquela cidade.<ref>Atos 18</ref>
  
Em sua Epístola aos Romanos, São Paulo encerra-a saudando seus irmãos em Cristo, dentre os quais Santo Epêneto, originário da Acaia, e Santo Andrônico, parente de Paulo e companheiro de cela em um de seus encarceramentos juntamente com Santa Júnia.<ref>Romanos 16</ref> Santo Epêneto foi ordenado Bispo de Cartago na África (atual Tunísia), enquanto Santo Andrônico foi ordenado Bispo da Panônia (atual Sérvia).
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Em sua Epístola aos Romanos, São Paulo encerra-a saudando seus irmãos em Cristo, dentre os quais Santo Epêneto, originário da Acaia, e Santo Andrônico, parente de Paulo e companheiro de cela em um de seus encarceramentos juntamente com Santa Júnia. Santo Epêneto foi ordenado Bispo de Cartago na África (atual Tunísia), enquanto Santo Andrônico foi ordenado bispo na Panônia (atual Sérvia).<ref>Romanos 16</ref>
  
Futuramente, enquanto São Paulo escrevia sua última epístola, Segunda a Timóteo, após insistir que esse jamais deixasse de pregar a Cristo e anunciar sua morte iminente, ele registrou entre os apóstolos São Crescêncio, Bispo da Galácia. Além de pregar naquela região da Anatólia, São Crescêncio também difundiu o Evangelho pela Gália (atual França), onde ordenou seu discípulo São Zacarias como Bispo de Viena.<ref group=nota>Essa não é a capital da Áustria, mas sim uma antiga cidade existente até os dias de hoje no sudeste da França, às margens do rio Ródano.</ref> São Crescêncio morreu como hieromártir na Galácia sob o Imperador Trajano (98–117).<ref>II Timóteo 4</ref>
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Futuramente, enquanto São Paulo escrevia sua última epístola, Segunda a Timóteo, após insistir que esse jamais deixasse de pregar a Cristo e anunciar sua morte iminente, ele registrou entre os apóstolos São Crescêncio, bispo na Galácia. Além de pregar naquela região da Anatólia, São Crescêncio também difundiu o Evangelho pela Gália (atual França), onde ordenou seu discípulo São Zacarias como Bispo de Viena.<ref group=nota>Essa não é a capital da Áustria, mas sim uma antiga cidade existente até os dias de hoje no sudeste da França, às margens do rio Ródano.</ref> São Crescêncio morreu como hieromártir na Galácia sob o Imperador Trajano (98–117).<ref>II Timóteo 4</ref>
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== Hinos ==

Revisão das 22h50min de 4 de junho de 2020

Santos Silvano, Crescêncio e Silas.

Os Santos Apóstolos Silas, Silvano, Crescêncio, Epêneto e Andrônico (séc. I) fizeram parte dos hierarcas contados dentre os Setenta Apóstolos, discípulos de Cristo. A Igreja os comemora no dia 30 de julho, além de comemorar Santo Andrônico com Santa Júnia nos dias 17 de maio e 22 de fevereiro pela descoberta de suas relíquias no Portão de Eugênio.

Vida

Ruínas da prisão de Filipos, destruída pelo terremoto. (ver fotos)

No ano 51, o Concílio de Jerusalém convocou os apóstolos e os anciãos para lidar com a questão da observância da Lei Mosaica pelos novos cristãos gentios. Ao final, São Paulo e São Barnabé voltaram para Antioquia com uma mensagem aos antioquinos acerca da decisão que o concílio tomara de não obrigar os gentios a observarem a antiga Lei. Os dois apóstolos foram acompanhados por São Judas, o Barsabás, e São Silas, “homens notáveis entre os irmãos”, para conseguirem atender a todo o povo. Após entusiasmarem os cristãos com as notícias do concílio, São Judas voltou para Jerusalém, enquanto São Silas decidiu permanecer em Antioquia.[1]

O Apóstolo Silas acompanhava São Paulo em suas viagens. Em Trôade na Ásia, Paulo sonhou com um macedônio que lhe rogava para que o apóstolo socorresse os cristãos de lá, e puseram-se a navegar até a cidade de Filipos na Macedônia, para a qual Paulo futuramente escreveu suas epístolas. Lá, chegaram a expulsar um espírito maligno de uma escrava, o qual rendia muito dinheiro aos seus senhores, que logo os denunciaram às autoridades por amotinação dentre o povo, e pagaram falsas testemunhas para condená-los.

Após serem espancados com barras e açoitados, os dois apóstolos foram enviados à prisão. À meia-noite, pelas orações de Paulo e Silas, um terremoto devastou a prisão, desatando as correntes de todos os presos. O carcereiro, acordado pelo terremoto, quando viu todas as portas do cárcere abertas, preparou-se para suicidar-se (afinal, dormir em serviço era um crime capital no império), mas foi impedido por São Paulo. Caindo aos pés dos santos com temor, o homem implorou pela salvação e aceitou ser instruído no Evangelho de Jesus Cristo. Após lavar-lhes os ferimentos, o carcereiro recebeu o Santo Batismo com toda sua família.[2]

Tendo sido libertos do cárcere, ainda na Macedônia, seguiram para o ocidente pelas cidades de Anfípolis e Apolônia, até chegarem Tessalônica, onde São Paulo disputou com os judeus durante três dias, atraindo para a Fé uma grande multidão de gentios e alguns judeus. Lá, com a ajuda dos santos apóstolos Timóteo e Silvano, São Paulo escreveu as Epístolas aos Tessalonicenses e ordenou São Silvano como Bispo de Tessalônica. Silvano serviu também ao santo Apóstolo Pedro, que o mencionou em sua Primeira Epístola. Como bispo, São Silvano passou por sofrimentos e lamentações em Tessalônica, e posteriormente foi digno de receber de Cristo a coroa do martírio.

Embora tenham sido novamente apresentados às autoridades, Paulo, Silas e Timóteo foram rapidamente soltos e prosseguiram cinquenta quilômetros ao oeste, parando em Bereia, onde São Paulo novamente pregou o Evangelho nas sinagogas. Dessa vez, porém, os judeus receberam-no com desejo, e mais judeus e gentios foram convertidos. Sabendo que os judeus tessalonicenses estavam a caminho de Bereia para novamente acusá-los, Paulo partiu de barco para o sul, até chegar em Atenas na Acaia, enquanto São Silas e São Timóteo permaneceram por lá. Na cidade-Estado, Paulo conseguiu converter poucos gentios, dentre os quais estava São Dionísio, o Areopagita.[3]

Em seguida, São Paulo dirigiu-se à península do Peloponeso, onde uniu-se a uma família judia refugiada em Corinto e voltou a pregar na sinagoga, conseguindo trazer a Cristo até o chefe da sinagoga. Num sonho, o Senhor encorajou o santo apóstolo, e ele permaneceu em Corinto por quase dois anos, também suportando as tribulações. Quando Silas e Timóteo encontraram-se com Paulo, São Silas foi consagrado Bispo de Corinto, e São Paulo continuou seu evangelismo pelo oriente. Como Bispo de Corinto, São Silas realizou diversos milagres e viveu todo o resto de sua vida naquela cidade.[4]

Em sua Epístola aos Romanos, São Paulo encerra-a saudando seus irmãos em Cristo, dentre os quais Santo Epêneto, originário da Acaia, e Santo Andrônico, parente de Paulo e companheiro de cela em um de seus encarceramentos juntamente com Santa Júnia. Santo Epêneto foi ordenado Bispo de Cartago na África (atual Tunísia), enquanto Santo Andrônico foi ordenado bispo na Panônia (atual Sérvia).[5]

Futuramente, enquanto São Paulo escrevia sua última epístola, Segunda a Timóteo, após insistir que esse jamais deixasse de pregar a Cristo e anunciar sua morte iminente, ele registrou entre os apóstolos São Crescêncio, bispo na Galácia. Além de pregar naquela região da Anatólia, São Crescêncio também difundiu o Evangelho pela Gália (atual França), onde ordenou seu discípulo São Zacarias como Bispo de Viena.[nota 1] São Crescêncio morreu como hieromártir na Galácia sob o Imperador Trajano (98–117).[6]

Pós-vida

Hinos

Tropário

(Tradução livre)

Nós, fiéis, louvemos os divinos Apóstolos /
Silas, Silvano, Crescêncio, Epêneto e Andrônico. /
Com a glória d’Aquele que Se humilhou por nós, /
vós resplandecestes como paraísos da sabedoria. /
Por isso, rogai a Cristo nosso Deus, /
para que nossas almas sejam salvas.

Outro tropário

(Aos Santos Andrônico e Júnia, em tradução livre)

Semeando e anunciando a pregação da Graça entre os homens, /
vós radiastes como verdadeiros apóstolos do Salvador. /
Assim, exaltando a Cristo, nosso verdadeiro Deus, /
nós vos louvamos, ó ilustres Andrônico e Júnia. /

Condáquio

(Tradução livre)

Vós vos revelastes como ramos da videira de Cristo, ó sábios, /
portando cachos de virtudes derramando o vinho da salvação. /
Bebendo dele, enchemo-nos de alegria, e celebramos vossa memória, /
ó Silas, Silvano, Crescêncio, Epêneto e Andrônico, apóstolos do Senhor. /
Intercedei, pois, para que nos seja concedida a remissão dos pecados /
e Sua grande misericórdia.

Outro condáquio

(Aos Santos Andrônico e Júnia, em tradução livre)

Louvemos o apóstolo de Cristo, Andrônico, a radiante estrela /
que iluminou as nações com a luz do conhecimento de Deus. /
Junto a ele brilha com a luz da justiça Júnia, a sapientíssima. /
A eles clamemos: “Orai sem cessar a Cristo Deus por todos nós!”

Louvor

(Por São Nicolau, Bispo de Ócrida, em tradução livre)

O Apóstolo Andrônico, compatriota de Paulo, /
pregando a paz e a saúde espiritual, /
queimou com o ardente amor por Cristo. /
Pelo mundo ele levou o radiante ensinamento, /
sem muitos trajes, sem pagamento nem cuidados, /
mas rico no poder do Espírito de Deus. /
Com Júnia ele partilhou de seus sofrimentos, /
até ter carregado a Cruz por toda a Panônia. /
Desaparecida a escuridão, brilhou a Cruz, /
e o trigo do joio foi separado. /
Homens despertaram do sono cruel, /
e ao dom da adoção de Deus correram. /
Destruindo os ídolos como simples caniças, /
os vícios da discórdia e do ódio abandonaram. /
Quando seu corações começaram a soluçar, /
suas bocas passaram a clamar: /
“Somos Teus filhos, ó Pai celestial! /
“A luz de Teu apóstolo agora recebemos. /
“Perdoa a nós, que éramos escravos dos ídolos.”

Notas

  1. Essa não é a capital da Áustria, mas sim uma antiga cidade existente até os dias de hoje no sudeste da França, às margens do rio Ródano.

Referências

  1. Atos 15
  2. Atos 16
  3. Atos 17
  4. Atos 18
  5. Romanos 16
  6. II Timóteo 4
  • São Nicodemos, o Hagiorita (1819). Sinaxário dos doze meses do ano. Tomo II.
  • São Demétrio, Arcebispo de Rostóvia (1906). A vida dos santos. Livros IX e XI.
  • São Nicolau, Bispo de Ócrida (2002). O prólogo de Ócrida. Volumes I e II.

Ligações externas