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Xenofonte de Constantinopla

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Vida
Naquela noite, Xenofonte sonhou que Deus havia prolongado os seus dias na terra. Ao despertar, informou sua família sobre o sonho, e todos se alegraram e deram graças a Deus. Sua saúde estava melhorando consideravelmente, e Xenofonte instruiu-os: “Meus filhos, retornem aos seus estudos. Quando conclui-los, voltem, e vos arranjarei um casamento.”
=== Naufrágio ===
Sob as bênçãos do pai, embarcaram numa nau a Beirute. Então, através da Divina Providência, uma tempestade surgiu, e o mar se agitou. Os marinheiros soltaram o leme, e a embarcação se partiu. Todos a bordo choravam por suas vidas, e os irmãos oravam:
Então, João levantou suas mãos a Deus e orou: “Ó Senhor, meu Senhor, que me salvaste da morte nas turbulentas ondas, salva também meu irmão Arcádio! Livra-o de uma morte amarga assim como me livraste na Tua misericórdia. E se já o salvou, ilumina sua mente para que ele possa Te agradar na vida monástica. Mantém também ilesos os nossos servos, para que Teu santo Nome seja glorificado.” Ele continuou sua oração enquanto andava pelo litoral, dizendo: “Ó Senhor Jesus Cristo, Verbo Unigênito de Deus, ouve o Teu servo, dirige meus passos no cumprimento dos Teus mandamentos e guia-me pela Tua sagrada Vontade, pois Tu, ó Mestre, és meu único auxílio.”
=== Asceticismo ===
Depois de um tempo, João encontrou um mosteiro. Bateu na porta, e disse que estava nu. Um monge atendeu-o e, dando-lhe seu manto, levou-o à sua cela, onde ofereceu-lhe pão e sopa de vegetais. Então, o monge perguntou-lhe de onde ele vinha. João explicou que era um náufrago e que, pelas orações do monge, Deus deu-lhe uma tábua, salvou-o da tempestade e levou-o à praia. Comovido, o monge glorificou a Deus, e perguntou para onde João iria agora.
“Deus seja louvado, meu filho, segue-me.” E levou-o à Lavra de São Caritão, no deserto da Judeia. Lá, Arcádio foi tonsurado monge e recebeu a antiga cela de um grande Pai do Deserto que lutou durante cinquenta anos. O ancião viveu com Arcádio durante um ano, ensinando-o a combater os inimigos invisíveis, e então partiu para o deserto, com a promessa que tornaria a vê-lo após três anos. Arcádio, por sua vez, cumpriu fielmente a regra dada pelo ancião, e labutou dia e noite em serviço a Deus.
=== Busca ===
Passados dois anos do naufrágio e não tendo recebido uma só carta de seus filhos, Xenofonte e Maria enviaram um de seus escravos a Beirute para que os encontrasse. Em Beirute, foi informado que os dois estudantes não haviam retornado à cidade. Pensando terem partido a Atenas para ingressar em outra escola, navegou até lá, e não obteve êxito algum. Desanimado, partiu de volta a Constantinopla. Numa noite, um monge passou pela pousada onde ele estava hospedado. Os dois começaram a conversar, e o monge mencionou que estava em peregrinação a Jerusalém para venerar os lugares santos. Olhando mais atentamente, o escravo indagou-o: “Não és tu um dos escravos que meu amo Xenofonte enviou a Beirute com seus filhos João e Arcádio?”
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